Dúvidas Frequentes

Leia abaixo as perguntas mais frequentes sobre anestesia

É a especialidade médica que consiste em estudar e proporcionar ausência de dor e outras sensações desagradáveis ao paciente que necessita realizar procedimentos médicos como cirurgias, exames ou que precise de tratamento para dor aguda e crônica.

A anestesia é aplicada por um ANESTESIOLOGISTA, um profissional com 6 anos de formação em Medicina e, no mínimo, mais 3 anos de especialização em Anestesiologia. A Sociedade Brasileira de Anestesiologia e o Ministério da Educação (MEC) coordenam e fiscalizam o programa de Residência Médica em Anestesiologia, sendo ao final do curso conferido o Título de Especialista em Anestesiologia reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina.

I – SEDAÇÃO: uso de medicações sedativas que proporcionam tranquilidade antes e durante o procedimento. Normalmente utilizada em exames e associada a aneste- sia local e regional.

II – ANESTESIA LOCAL: aplicação de anestésico somente no local da cirurgia (normalmente cirurgias de pequeno porte). Geralmente associada à sedação.

III – ANESTESIA REGIONAL: quando apenas uma região do corpo é anestesiada. Com a anestesia regional o paciente pode ficar dormindo ou acordado, conforme a indicação. Pode ser aplicada em apenas um membro ou em regiões abaixo do abdome. Um exemplo de anestesia regional é a anestesia para cesariana, que pode ser a peridural ou raquidiana.

IV – ANESTESIA GERAL: faz com que o paciente fique totalmente inconsciente e imóvel durante a cirurgia. Pode ser aplicada pelas vias endovenosa, inalatória ou ambas.

O tempo de duração de uma anestesia deverá ser proporcional ao tempo da cirurgia. Quando se realiza a anestesia geral, o anestesista mantém o paciente anestesiado durante todo o procedimento através de medicações administradas continuamente.

 

No caso das técnicas regionais, na maioria das vezes é desejado um efeito residual da anestesia, pois isto proporciona maior conforto ao paciente uma vez que mantém a área operada imóvel e indolor.

 

Caso o paciente esteja anestesiado com uma técnica regional e a cirurgia se prolongue além do tempo esperado, é possível realizar um complemento através de outras técnicas anestésicas, como sedação mais profunda ou anestesia geral, também visando conforto e segurança ao paciente.

O anestesiologista faz parte de uma equipe que concentra as informações médicas a respeito do paciente. Portanto, durante esta consulta você deverá contar sua história médica (doenças, uso de medicamentos, alergias, cirurgias e anestesias prévias e se houve alguma intercorrência durante estes procedimentos), informar seus hábitos (consumo de álcool e de tabaco, atividade física).

 

Durante a consulta serão avaliados os exames pré-operatórios (quando necessários: laboratoriais, exames de imagem e risco cardiológico) e fornecidas as informações sobre a anestesia proposta (tipo de anestesia provável, tempo de jejum necessário, manutenção ou não das medicações em uso). Isto lhe dará mais segurança e tranquilidade.

 

Se o paciente usa alguma droga ilícita como cocaína, crack, maconha ou faz uso de estimulantes e anabolizantes, ou ainda é portador de doença infectocontagiosa, ele deve comunicar o anestesiologista sobre isso, pois estas situações podem ter implicações clínicas importantes durante o procedimento anestésico-cirúrgico. Como médico, ele tem obrigação legal de guardar segredo profissional sobre qualquer informação.

 

Ao término da consulta pré-anestésica, será apresentado a você o Termo de Consentimento Anestésico, um documento em que será colocada a técnica anestésica sugerida (e uma segunda opção, quando possível) e que informa as raras, mas possíveis complicações. Após a leitura deste documento e tirar suas dúvidas com o anestesista, será solicitada a sua assinatura neste Termo.

 

A consulta pré-anestésica é o momento adequado para perguntar todas as dúvidas em relação à anestesia. O agendamento da consulta será realizado no início do processo de marcação da cirurgia e será feito pelo hospital onde será realizada a sua cirurgia (Hospital Alvorada Brasília ou Hospital Anchieta).

 

 

A Sala da Recuperação Pós-Anestésica é um setor dentro do Centro Cirúrgico onde a maioria dos pacientes permanece após a anestesia e a cirurgia. O paciente será monitorado de maneira contínua através da pressão arterial, frequência cardíaca, respiração, temperatura e nível de consciência. O tempo que o paciente fica na sala de Recuperação Pós-Anestésica tem por finalidade observar a regressão do efeito das medicações anestésicas.

 

Em cirurgias de baixa complexidade o paciente poderá receber alta para o domicílio direto da Sala de Recuperação e para tal deve portar um ACOMPANHANTE RESPONSÁVEL MAIOR DE 18 ANOS. Quando o paciente for liberado direto para casa, receberá um folder com as orientações após anestesia. Em casos mais complexos, o paciente será encaminhado para a UTI pelo anestesista e equipe de enfermagem onde ficará assistido por uma equipe multiprofissional especializada.

Não existe “teste” de anestesia como no caso dos testes utilizados para identificar alergias.

PARCIALMENTE VERDADE. No passado as agulhas eram lavadas e reaproveitadas. Assim, seria possível injetar na coluna restos de substâncias para limpeza através de agulhas mal lavadas. Hoje, isto não é mais praticado (É PROIBIDO).

 

Outra possibilidade remota seria a injeção de medicamentos inapropriados e tóxicos na coluna. Dessa forma, afirmamos que esta possibilidade é praticamente impossível de acontecer atualmente, visto que as agulhas são descartáveis e os medicamentos que podem ser usados neste local são bem conhecidos e facilmente identificáveis.

MITO. Nas últimas décadas houve um grande avanço no desenvolvimento de medicamentos mais seguros, amplo crescimento na qualidade dos equipamentos e aparelhos utilizados, aprofundamento no conhecimento das doenças e a melhor compreensão da interferência dos anestésicos no organismo do paciente.

 

Além disso, existe uma grande variedade de equipamentos para monitorização do paciente durante a anestesia, ou seja, é possível controlar a frequência cardíaca, a pressão arterial, a oxigenação, o nível de consciência e realizar exames durante o procedimento. Tudo isso tornou qualquer tipo de anestesia bastante segura, confiável e confortável para os pacientes.

 

Lembramos que a Medicina não é uma “ciência exata” e que os riscos ainda existem e nunca chegarão a “zero”, porém, conseguimos reduzir bastante a ocorrência de complicações e podemos afirmar que a Anestesiologia é uma das mais seguras especialidades médicas.

MITO. Dor nas costas (lombalgia) tem outras causas como má postura, hérnia de disco, doenças do envelhecimento, entre outras. No entanto, popularizou-se a história de lombalgia após raquianestesia ou anestesia peridural em decorrência da utilização de agulhas neste local para realizar a anestesia.

MITO. Choque anafilático não é comum e trata-se de uma reação alérgica grave, que pode ser revertida em um centro cirúrgico equipado corretamente. Por isso, é importante informar ao anestesista o conhecimento de alguma alergia. Infelizmente ainda pode ocorrer, porém, NÃO é frequente e, quando acontece, ocorre em paciente que desconhecia a alergia previamente.

PARCIALMENTE VERDADE. Dor de cabeça (cefaleia) possui inúmeras causas. Uma delas pode ser devido a um tipo de anestesia (raquianestesia), porém sua ocorrência não é comum.

 

Ela não é grave e responde muito bem ao tratamento clínico, no entanto, por tratar-se de dor forte, torna-se incapacitante. Pode acontecer com qualquer paciente, mas ocorre com maior frequência em mulheres jovens, praticamente desaparece na posição deitada e reaparece quando sentado ou de pé.

 

Orientamos que qualquer paciente submetido a raquianestesia e que desenvolva cefaleia com estas características procure o pronto socorro do hospital onde foi realizada a cirurgia para avaliação da equipe de Anestesiologia.